© Marcos Arcoverde/Estadão Furos de bala no carro onde estava a vereadora do PSOL Marielle Franco; atual fase da inestigação foca em motivação e possíveis mandantes x
RIO – Dois homens suspeitos de terem clonado o carro Cobalt prata usado no assassinato de Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes foram presos na manhã desta sexta-feira, 31, em operação da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio contra a milícia de Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando Curicica, na zona oeste. Na mesma operação, também foi preso um policial militar acusado de atrapalhar as investigações sobre a morte da vereadora.
Rafael Carvalho Guimarães e Eduardo Almeida Nunes Siqueira, presos na Operação Entourage, são acusados de serem responsáveis pela clonagem de carros para a milícia de Curicica. Ele é um ex-PM, que está preso em Mossoró, no Rio Grande do Norte.
“Acreditamos que a prisão dos dois (Rafael e Eduardo) vai trazer novos elementos para a investigação (do caso Marielle e Anderson)”, afirmou o delegado Daniel Rosa, da Delegacia de Homicídios da Capital.
Segundo o delegado, Rafael e Eduardo clonavam carros a serem usados em crimes da própria quadrilha. Mas esse também era um negócio oferecido para outros grupos criminosos.
“É uma prática comum dessas organizações para usar nas próprias ações e também para gerar lucro para a quadrilha”, disse Rosa. “Eles pegam veículos roubados e usam referências de outros carros (legais) do mesmo modelo e da mesma cor para despistar a polícia; quando coletamos um dado, uma imagem, numa investigação, somos remetidos a um veículo bom, de uma pessoa do bem.”
Também foi preso o PM Rodrigo Jorge Ferreira, o Ferreirinha, braço armado da quadrilha, motorista de Orlando Curicica, acusado de mentir para a polícia, obstruindo as investigações no caso da morte da vereadora. Ferreirinha e Curicica tiveram um desentendimento no fim de 2017.
0 comentários:
Enviar um comentário