Delegado Rafhael Neris Baboza, titular da Subdelegacia de Polícia de Cocalzinho de Goiás, afirmou que o fazendeiro dificultou "de todas as formas" nas investigações
Darcianne Diogo
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Segundo informações obtidas pelo Correio, o fazendeiro Elmi (imagem) já teria empregado Lázaro Barbosa - (crédito: Material cedido ao Correio) |
Em entrevista ao Correio, o delegado Rafhael Neris Baboza, titular da Subdelegacia de Polícia de Cocalzinho de Goiás, afirmou que o fazendeiro dificultou “de todas as formas” o trabalho da polícia. “Ele não deixava os policiais entrarem na fazenda para fazer a averiguação. Então, a equipe foi achando estranho essa atitude, visto que todos os moradores estavam colaborando nas buscas”, detalhou.
Elmi responderá pelos crimes de favorecimento pessoal, cuja pena vai de um mês a seis meses de detenção, e por porte ilegal de arma de fogo, que pode ultrapassar seis anos de reclusão. O caseiro Alain Reis, 34, que chegou a ser detido junto ao patrão, não foi indiciado. “Ficou constatado que ele não teve envolvimento nos delitos e ajudou nas buscas, colaborando com o andamento das investigações”, salientou o delegado.
Procurada pelo Correio, a defesa de Elmi confirmou os indiciamentos e frisou que aguarda o andamento do processo. “Não vamos nos manifestar para preservar a família. Depois, iremos emitir uma nota”, destacou o advogado Ilvan Barbosa.
Audiência de custódia
Na audiência, realizada na sexta-feira (25/6), a juíza Luciana Oliveira, ao converter a prisão de Elmi em preventiva, destacou à época que o fazendeiro representa risco efetivo à ordem pública. Ela justificou, ainda, que foram reunidos indícios de que o réu, por vários dias, deu guarida, em sua fazenda, a Lázaro.