As investigações da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid serão conduzidas exclusivamente por senadores homens.
REUTERS/Adriano Machado
Falta de mulheres na CPI da Covid é marcante mesmo se comparada à baixa proporção de senadoras na Casa, inferior a 15%
Os grupos partidários não indicaram senadoras mulheres para as 11 vagas titulares e 7 suplentes da comissão que vai apurar as "ações e omissões" do governo federal diante da pandemia. Os nomes foram lidos pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, nesta quinta-feira (15).
A ausência de mulheres resulta em dois principais efeitos, segundo as cientistas políticas ouvidas pela BBC News Brasil.
O primeiro é reduzir as chances de a CPI discutir os efeitos da pandemia e da atuação do governo federal diante dela para as mulheres, que foram atingidas de forma específica nas mais diversas esferas.
O segundo é retroalimentar a baixa participação de mulheres em espaços de poder, já que parlamentares mulheres estarão de fora do que deve ser o principal palco político do país nos próximos meses.
A falta de mulheres na comissão que vai tratar dos efeitos da pandemia no Brasil é marcante mesmo se comparada à baixa proporção de senadoras na Casa.
Se a CPI tivesse uma composição que refletisse a proporção de mulheres eleitas para o Senado, teria 2 senadoras titulares e uma suplente.
Dos 81 parlamentares em exercício no Senado, apenas 12 são mulheres (menos de 15%). A proporção é muito diferente das ruas: o número de mulheres (51,8%) na população brasileira supera o de homens (48,2%), segundo o IBGE. CONTINUE LENDO SOBRE O ASSUNTO
0 comentários:
Enviar um comentário