SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) -
Ao menos 59 pessoas, incluindo 12 crianças, morreram neste domingo (26) no naufrágio de uma embarcação com migrantes nas proximidades de Crotone, no sul da Itália.
A tragédia ocorre poucos dias após a aprovação de leis que limitam resgates feitos por organizações humanitárias no mar.
Segundo a imprensa local, a embarcação transportava de 150 a 250 migrantes. As vítimas eram do Afeganistão, do Irã, do Paquistão e da Síria. Mais de 80 pessoas foram resgatadas vivas, e as buscas continuam.
As causas do naufrágio são incertas. A agência de notícias italiana AGI informou que o barco tinha excesso de peso e partiu ao meio depois de ser atingido por uma onda. Já a Guarda Costeira disse que a embarcação colidiu contra rochas. Investigações apontam que o barco partiu da Turquia há três dias.
Alguns dos corpos foram localizados em praias de Steccato di Cutro, região turística na costa leste da Calábria. Um dos bombeiros que participa das operações de resgate afirmou que um recém-nascido foi encontrado morto. Equipes fazem buscas com motos aquáticas, mas o mar revolto e as condições climáticas dificultam as operações.
Imagens divulgadas pela polícia mostram pedaços de madeira espalhados pela praia, enquanto alguns dos migrantes aguardavam a transferência para um centro de acolhimento. Um suspeito de envolvimento com tráfico de pessoas foi detido.